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ENTREVISTA EXCLUSIVA

Inverno: cuidados com a pulverização e redução de pragas na agricultura

No inverno, produtores rurais enfrentam desafios relacionados ao frio e à diminuição da umidade nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste

Durante o inverno, os produtores rurais enfrentam desafios relacionados ao frio e à diminuição da umidade nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e partes do Norte e Nordeste do Brasil. Nesse contexto, é necessário que os agricultores redobrem a atenção durante as aplicações e pulverizações nas lavouras. O engenheiro agrônomo e mestre em ciências pela USP, Paulo Vilella, abordou esse assunto também no terceiro episódio da série “De Olho no Crédito Rural“.

Vilella explicou que, apesar das temperaturas mais baixas, as quais proporcionam uma atmosfera mais estável para a pulverização, é importante considerar as condições extremas, como temperaturas abaixo de 10°C. Nesses casos, o metabolismo das plantas diminui, exigindo uma melhor janela de aplicação. Além disso, o especialista ressaltou a importância da tecnologia de aplicação para garantir a eficiência dos produtos utilizados, já que a absorção pode ser mais lenta em temperaturas muito baixas.

Outro ponto destacado foi a redução na incidência de pragas durante o inverno. Assim como as plantas, os insetos também entram em uma fase de dormência, diminuindo suas atividades. Isso resulta em uma menor demanda de controle de pragas, principalmente em regiões com temperaturas amenas. No entanto, Vilella alertou que ainda é possível encontrar pragas em culturas específicas e ambientes controlados, ressaltando a importância de monitorar as condições meteorológicas e realizar as pulverizações de maneira adequada.

Em relação à umidade, que pode estar mais baixa do que o normal em algumas regiões do país, Vilella destacou que ela pode ser ainda mais prejudicial do que as baixas temperaturas. A falta de umidade aumenta o risco de evaporação das gotas pulverizadas e pode causar o fenômeno da deriva, resultando na perda da aplicação e do produto utilizado. Por isso, é fundamental ficar atento a todos esses fatores, incluindo temperatura, umidade, velocidade e direção do vento, além de utilizar tecnologias apropriadas para a pulverização.

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