Segundo a reportagem, a PF listou os 134 suicídios ocorridos entre 2010 e 2013 em nove cidades naquela área do Estado e descobriu que 10 dos mortos fizeram transações financeiras com a Associação Santacruzense dos Agricultores Camponeses (Aspac), entidade suspeita de liderar o esquema. A investigação teve início em 2012 e a fraude teria prejudicado 6,3 mil agricultores e envolvido recursos na ordem de R$ 79 milhões, segundo as conclusões.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que é responsável pelo Pronaf, informou que não foi comunicado oficialmente sobre a Operação Colono da Polícia Federal, mas declarou que, assim que soube das denúncias, pelos agricultores, enviou equipe ao Rio Grande do Sul para apurar os fatos. Ao constatar que esses agricultores haviam realmente sido lesados, o MDA, por determinação do ministro interino Laudemir Müller, fez um relatório e o entregou à Policia Federal. “O Ministério está colaborando com a Polícia Federal com o objetivo de proteger os agricultores familiares, em especial àqueles que foram lesados, e também o Pronaf, que é o maior programa de crédito para a agricultura familiar”, informou a pasta em nota.