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Investimentos estrangeiros no Brasil atingem maior valor em maio em 62 anos

Autoridade monetária teve que reduzir em US$ 1 bilhão a previsão para o déficit em transações correntes no anoOs investimentos estrangeiros diretos no Brasil em maio chegaram a US$ 2,483 bilhões, divulgou nesta quarta, dia 24, o Banco Central (BC). É o maior valor para este mês desde que o indicador começou a ser medido, há 62 anos. Além disso, é um número muito superior ao do mesmo próprio período de 2008 (US$ 1,313 bilhão).

O forte aumento dos investimentos estrangeiros em projetos produtivos, apesar da crise econômica global, obrigou a autoridade monetária a reduzir de US$ 16 bilhões para US$ 15 bilhões a previsão para o déficit em transações correntes este ano.

Os investimentos estrangeiros diretos acumulados no Brasil nos primeiros cinco meses do ano alcançaram US$ 11,234 bilhões, e, nos últimos 12 meses até maio, foi de US$ 42,308 bilhões.

Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, o aumento da entrada de recursos estrangeiros para projetos produtivos no país é um indicador de que, apesar da crise, o Brasil está sendo visto de forma diferenciada pelos investidores estrangeiros.

A previsão do BC é de que, por causa da crise, o investimento estrangeiro em projetos produtivos no Brasil caia este ano até US$ 25 bilhões, frente ao recorde de US$ 45,06 bilhões de 2008.

De acordo com o Banco Central, o investimento dos estrangeiros na bolsa de valores em maio também subiu e somou US$ 2,527 bilhões, o melhor resultado em 13 meses e um valor muito superior ao do mesmo mês de 2008 (US$ 1,518 bilhão).

O investimento estrangeiro acumulado neste ano no mercado financeiro chegou a US$ 3,15 bilhões.

O aumento dos investimentos estrangeiros no mercado financeiro nos últimos meses levou o BC a melhorar a previsão para o indicador em 2009, desde o saldo negativo de US$ 10 bilhões que previa em março até um saldo positivo de US$ 3 bilhões calculado em junho.

O Banco Central também melhorou sua previsão para as importações este ano, desde os US$ 141 bilhões previstos em março até US$ 138 bilhões, e manteve a previsão para as exportações em US$ 158 bilhões.

A revisão se estendeu à balança comercial, já que a autoridade monetária espera agora um superávit de US$ 20 bilhões, similar ao do ano passado (US$ 20,8 bilhões) e superior ao que esperava até março (US$ 17 bilhões).

Com uma expectativa melhor em torno dos investimentos estrangeiros e ao saldo da balança comercial, o Banco Central agora espera que o país feche o ano com um déficit no balanço de pagamentos (o saldo das transações brasileiras com o exterior) de US$ 15 bilhões.

Até o começo do ano, o BC esperava terminar 2009 com um saldo positivo no balanço de pagamentos, mas, em março, com o agravamento das condições econômicas pela crise, chegou a prever um déficit de US$ 16 bilhões.

Apesar da melhoria de alguns indicadores, o Brasil registrou em maio um déficit no balanço de pagamentos de US$ 1,738 bilhão, com o que o saldo negativo no acumulado do ano chegou até US$ 6,612 bilhões.

O déficit de maio foi muito superior ao de US$ 786 milhões registrado no mesmo mês do ano passado.

Já o saldo negativo acumulado é melhor que o registrado nos cinco primeiros meses de 2008 (US$ 14,09 bilhões).

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