? Mas o nível da inflação ficou mantido. A gente pode dizer que a diferença foi pequena, quase irrisória e (o índice) se manteve perto de 0,80%, como ocorreu também em janeiro e em fevereiro. O número permaneceu estável ? disse a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
Etanol
A alta nos preços de transportes teve o maior impacto sobre o IPCA. O grupo, que subiu 1,57% em abril ante 1,56% em março, contribuiu com 0,30 ponto porcentual na alta de 0,77% registrada pelo índice geral no mês. Apesar de a variação em Transportes, na passagem de março para abril, ter sido quase igual à observada no mês anterior, o grupo continuou sendo o de maior alta entre os nove apurados no IPCA.
? O impacto dos Transportes foi realmente grande no IPCA ? disse Eulina.
? Dos itens que pressionaram em março, os que continuaram pressionando em abril foram justamente os combustíveis, a gasolina e o álcool, praticamente anulando a desaceleração dos alimentos ? acrescentou.
Os preços do etanol, que subiram 10,78% em março, atingiram 11,20% em abril, acumulando alta de 31,09% no ano. Com isso, influenciaram o preço da gasolina, que ficou 6,26% mais cara em abril, após alta de 1,97% em março, numa valorização de 9,58% no ano. Juntos, os combustíveis tiveram alta de 6,53% no mês. O etanol entrou com contribuição de 0,05 ponto porcentual no IPCA, enquanto a gasolina contribuiu com 0,25 ponto porcentual.
Vestuário
Os preços de artigos de vestuário foram responsáveis pela segunda maior variação no IPCA de abril, segundo o IBGE. A alta do grupo Vestuário foi de 1,42% em abril, ante 0,56% em março. Quase todos os itens do grupo apresentaram variações expressivas, com destaque para roupas infantis, que subiram 1,97% no mês.
? O aumento explica-se pela entrada da nova coleção no mercado e pelo aumento no preço do algodão, embora o setor venha adotando muitas peças de material sintético ? explicou Eulina. O grupo Vestuário foi responsável por uma alta de 0,09 ponto porcentual no IPCA de abril.