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Ipea polemiza ao defender a reforma agrária no país

Instituto propôs ampliação da distribuição de terra e investimento em agricultura familiar no BrasilÓrgão do governo federal encarregado de produzir estatísticas, o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) está produzindo polêmica. Ao comparar indicadores urbanos e rurais, o instituto propôs a necessidade de o Brasil ampliar a reforma agrária e aumentar os investimentos na agricultura familiar como forma de diminuir as desigualdades sociais e econômicas no campo.

Alvo de críticas, ao longo dos últimos anos, por supostamente usar análises técnicas para justificar ideias políticas, o Ipea trabalhou com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008. Atualmente, 30 milhões de brasileiros vivem em domicílios rurais, o que corresponde a 16% da população. A taxa de analfabetismo para pessoas com mais de 15 anos salta de 7,5% na área urbana para 23,5% na zona rural. Cerca de 20% não têm banheiro em casa, somente 30% contam com recolhimento de lixo e ainda 10% das casas ainda não têm energia elétrica. Mesmo sem conhecer detalhes do estudo, o presidente da Federação da Agricultura no Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, reagiu:

? Uma outra pesquisa da Confederação Nacional da Agricultura responde a isso: a maioria dos assentamentos do país sobrevive de cesta básica distribuída pelo governo.

Coordenadora do estudo, a pesquisadora Brancolina Ferreira refuta a tese de falta de independência do Ipea.

? O instituto oferece liberdade de pensamento e pesquisa, é um espaço livre para o contraditório ? afirmou.

O estudo identifica a discrepância entre a renda do trabalhador urbano e rural, que em boa parte do país recebe menos do que o salário mínimo (R$ 510), apesar do acréscimo de 30% alcançado entre 2004 e 2008. Com base no Censo Rural de 2006, os pesquisadores apontam que, mesmo usando apenas 24,3% da área do país, a agricultura familiar responde pela maior parte da produção de alimentos.

? A concentração de terras ainda é grande e somente com a reforma agrária essas desigualdades irão diminuir ? afirma Brancolina.

O vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar no Estado (Fetag), Sérgio de Miranda, comemorou os números apresentados pelo Ipea:

? Se com poucos recursos é possível liderar a produção de alimentos, imagine se houver mais investimentos.

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