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Agronegócio

Ipea reduz PIB da Agropecuária de 3,8% para 2,4% em 2020

Entidade afirma que coronavírus não foi o motivo para a redução e sim a seca no Rio Grande do Sul, que diminuiu a projeção da safra de soja

agropecuária
Foto: Governo de Rondênia

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou nesta quarta-feira, 29, a projeção do Produto Interno Bruno (PIB) da agropecuária. A entidade estima que a economia do setor vai crescer 2,4% em 2020, contra os 3,8% previstos em março. 

“Mesmo com essa redução, o desempenho é muito superior em relação aos demais setores da economia, que vivem um momento recessivo causado pela pandemia da Covid-19”, comentou o Ipea em relatório.

O principal motivo da revisão está relacionado à redução da estimativa de produção de soja do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e decorre principalmente de uma queda da colheita do grão no Rio Grande do Sul, que sofre severa estiagem.

Carnes

A entidade afirma ainda que entre os principais produtos agropecuários, em termos de participação no PIB, a crise causada pela pandemia da Covid-19 causou maiores impactos negativos para o mercado de carne bovina, que é a proteína de maior preço, e para a cana- de-açúcar, em função da redução forte do preço do petróleo, que afeta o preço do álcool. 

“O mercado de carne bovina, proteína mais cara, pode ser o segmento com maior impacto negativo por conta da crise causada pela pandemia de Covid-19”, disse o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo de Castro Souza Júnior. O Ipea estima que o PIB do setor de bovinos e outros animais vivos caia de 3,5% para 1,1%

Soja

A soja, outro produto de grande peso no PIB Agro, também teve taxa de crescimento em 2020 revista para 6,4%, contra 10,4% em março. 

Agricultura e pecuária

A pecuária, no geral, deve apresentar crescimento de PIB de 2%, ante crescimento de 3,5%.Já a agricultura deve ter PIB de 2,8%, contra 4,5% no mês anterior. O destaque fica para a produção de café, que teve a previsão elevada de 14,2% para 15,4%.

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