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Iraque é o maior comprador das carnes de aves de MG

Empresas mineiras embarcaram 81 mil toneladas do produtoAs exportações de carnes de frango e de peru por Minas Gerais, no período de janeiro a julho, alcançaram 71 países e tiveram um aumento de volume da ordem de 5%.

Segundo o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as empresas mineiras embarcaram 81 mil toneladas, na comparação com as 77,3 mil toneladas do acumulado de janeiro a julho de 2008. Já o volume colocado pelo Brasil no mercado internacional teve retração de 1%.

De acordo com o Ministério, as carnes de aves do Estado aumentaram sua participação no mercado externo especialmente com as aquisições do Iraque. Este país absorveu 17% dos produtos desse segmento embarcados por Minas. Foram 13,9 mil toneladas, que colocaram o Iraque à frente dos dois maiores compradores do produto de Minas em 2008: Hong Kong, que nos primeiros sete meses deste ano registrou a entrada de 11,9 mil toneladas, e Emirados Árabes Unidos, que receberam 10,5 mil toneladas.
Sérvia, Quirguistão, França, Bulgária, Guiné-Bissau, Malásia, e São Tomé e Príncipe também começam a se projetar como compradores das carnes de aves exportadas por Minas Gerais, informa o MDIC.

Para o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura de Minas, João Ricardo Albanez, o aumento dos embarques da carne por empresas mineiras no acumulado de janeiro a julho deste ano já pode ser considerado um indicador de que haverá crescimento da receita na comercialização externa quando a crise econômica for superada.

? Em circunstâncias normais, isto é, caso não houvesse a retração do mercado, o volume de carnes comercializado no período poderia resultar em expressivo aumento da receita ? acrescenta Albanez.

Porém, houve uma retração da receita, porque o preço médio das carnes de aves exportadas no mercado internacional caiu quase 25% em relação ao mesmo período de 2008. A cotação da tonelada, entre janeiro e julho deste ano, foi de US$ 1,2 mil na comparação com a média de U$ 1,6 mil no mesmo período de 2008.

Segundo Marcelo Assunção Oliveira, diretor de vendas da Rivelli Alimentos, (Barbacena, no Campo das Vertentes), o Iraque é um dos compradores de carne de aves da empresa. Ele explica que as cargas de carnes de aves destinadas àquele mercado não alcançam diretamente os portos iraquianos por causa de questões políticas, por isso o desembaraço é feito às vezes em países localizados a mais de 600 quilômetros, como Dubai, Oman, Ucrânia e outros. Os produtos seguem depois, de caminhão, até os armazéns do Iraque.

De acordo com o diretor da Rivelli, esse sistema representa economia para os importadores por causa das taxas cobradas nos portos do Iraque. Ele diz ainda que, possivelmente por causa dessa intermediação, o Iraque não constou como destino das carnes comercializadas por empresas mineiras em 2008.

Oliveira explica que a Rivelli preferiu reduzir seus embarques de carne de frango no acumulado de janeiro a julho deste ano porque os preços do mercado interno estavam melhores no período. “O mercado externo tem um cenário marcado pelo dólar em queda e, além disso, o risco do crédito internacional é alto”, acrescenta.

A indústria de Barbacena também está habilitada para colocar seus produtos na Europa, condição prévia para vender diretamente ao mercado chinês.

? Quando conseguirmos a autorização do governo da China, haverá aumento da receita nas vendas externas da empresa porque nosso produto não ficará mais sujeito ao subpreço imposto pelos negociadores que adquirem a carne para vender aos  chineses. Estamos esperando com muita paciência a decisão da China, porque as negociações com aquele país são sempre demoradas ? explica o diretor.

Por enquanto a Rivelli vende para a China por intermédio de Hong Kong, além de atender à África, Rússia, Iraque e Emirados Árabes.

? Quando os chineses começarem a comprar carnes de aves do Brasil em grande escala, a primeira consequência deverá ser elevação dos preços do produto no mercado internacional, por causa da lei da oferta e da procura ? prevê o diretor, lembrando que a China tem quase 1,5 bilhão de consumidores.

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