A alimentação para o gado, segundo o ministério, é a mesma que provocou, no domingo passado, o alerta sobre todos os produtos derivados de carne suína elaborados na Irlanda a partir de 1º de setembro.
Os resultados obtidos até agora de 11 fazendas de gado confirmam que, em três delas, os níveis de dioxina encontrados nos animais são até três vezes superiores aos permitidos pela lei, o que contrasta com os achados na carne suína, que eram de entre 80 e 200 vezes superiores, acrescentou o Ministério da Agricultura.
? Tecnicamente, os resultados dizem que [a carne] não cumpre os requisitos, mas não até níveis que representem uma ameaça para a saúde pública ? explicou o ministro da Agricultura irlandês, Brendan Smith, durante uma entrevista coletiva em Dublin.
O ministro disse que todos os animais que registrarem níveis de dioxinas superiores aos permitidos, assim como seus produtos derivados, serão eliminados “da cadeia alimentícia”, mas indicou que não serão retirados os produtos que já estão no mercado.
A Autoridade de Segurança Alimentar (FAS) irlandesa impôs também restrições em oito fazendas da Irlanda do Norte, onde foram usados produtos contaminados na alimentação dos suínos, mas disse que a carne atualmente em venda na região é “segura”.
A diretora da FAS, Maria Jennings, disse que “não se pode descartar a possibilidade de que a carne das fazendas contaminadas tenha passado para a cadeia alimentar”, mas insistiu em que a probabilidade de encontrar contaminação na carne bovina é “muito menor” que no caso da suína.