– Os números dão conta de que aumenta a produção em 100 sacas por hectare. Com isso, teremos uma produção suficiente para fazer o Rio Grande do Sul se tornar autossuficiente em milho. Este é o nosso projeto para a questão deste grão. E sabemos que as lavouras que podem ser irrigadas não são somente as de milho, mas as de feijão e outras culturas também, como a própria soja. Os números nos mostram que são também rentáveis e que pagam em três anos o custo de implantação do sistema de irrigação para a produção – aponta.
O governo aconselha os produtores a acessarem os recursos disponíveis para a compra dos equipamentos para irrigação.
– É muito bom para o produtor, porque ele terá um aumento da renda fruto do aumento da produtividade, mas, acima de tudo, terá a tranquilidade de saber que não vai sofrer prejuízos como nós estamos tendo. Então, quando tem água acumulada e os mecanismos para colocá-la na planta na hora em que ela precisa, é possível dormir tranquilo, porque terá a receita garantida, a renda assegurada. Fruto de uma produtividade média que se obtém a partir desta perfeita combinação que a natureza nos dá, do solo com o sol e a água. É isso que está nos faltando – avalia.
A lavoura de fumo do produtor rural Clóvis Bartz apresenta folhas verdes e bem desenvolvidas em meio à estiagem. Ele explica que o sistema foi implantado há dois anos e 19 mil dos 50 mil pés de sua propriedade são irrigados. No restante da lavoura, segundo o agricultor, a quebra chega a 30%.
– Na medida do possível, eu tenho uma produção boa, em função da irrigação em partes da lavoura. Principalmente no fumo do tarde, que estaria sofrendo agora por falta de chuva. Como tem a irrigação, estou conseguindo mantê-lo em bom estado, com bom desenvolvimento da planta – relata.