Com apenas um metro de água, o Rio dos Sinos volta a se aproximar de um nível crítico. Em reunião de emergência a prefeitura decidiu ampliar o horário de racionamento de cinco para dez horas diárias. A partir desta terça, dia 10, o bloqueio no abastecimento será das 7h às 17h. A cada dia, cerca de 45 mil pessoas de uma região diferente da cidade serão afetadas.
– A cidade foi dividida em cinco regiões e cada região ficará sem abastecimento até que volte o nível do rio até um metro e 50 centímetros – disse o diretor do Serviço Municipal de Águas e Esgotos de São Leopoldo (Semae), Luiz Antônio dos Santos.
O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, pedirá ao Estado a revogação das autorizações que permitem aos arrozeiros tirar água do Rio dos Sinos. Um requerimento será entregue nesta terça ao governo estadual. Se o pedido não for atendido em dez dias, a prefeitura pretende entrar com uma ação civil pública para que a água do rio seja destinada só ao abastecimento humano. O prefeito de São Leopoldo diz ter provas de que foram os arrozeiros que tiraram a água do rio para irrigar as lavouras.
– Toda a produção de arroz aqui na região está com a lavoura cheia de água. Isso é uma prova material que há uma retirada da água, de madrugada principalmente – afirma Vanazzi.
Por volta das 17h desta segunda, dia 9, o nível do Sinos – que chegou a dois metros e 40 centímetros na virada do ano – estava com 90 centímetros no município. A prefeitura também promete aumentar a fiscalização quanto ao desperdício de água e reforçar ações educativas.
Em Novo Hamburgo, os cortes de água foram retomados no domingo, em rodízio, e agora incluem os finais de semana, sempre das 22h às 4h.
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