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Isenção da Tarifa Externa Comum para importação de trigo termina na sexta, dia 15

Com expectativa de safra recorde do cereal no Paraná, cadeia produtiva gaúcha se antecipa para garantir mecanismos de comercialização junto ao governo federalA isenção da Tarifa Externa Comum (TEC) de 10% para a importação de trigo de países de fora de Mercosul vence nesta sexta, dia 15, e não será renovada. A decisão foi tomada durante reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex) nesta quinta, dia 14, em Brasília (DF). No fim de junho, o governo federal zerou a TEC para importação de 1 milhão de toneladas do cereal.

O setor produtivo, temia prejuízos com uma possível manutenção da isenção da TEC. O Ministério da Agricultura havia justificado a decisão pela falta do grão para abastecer o Nordeste. A decisão da Camex, de não prorrogar a medida, considerou a estimativa de uma safra brasileira recorde de trigo, 33% superior à passada. A TEC do trigo foi bastante criticada, principalmente pelos produtores gaúchos, já que 850 mil toneladas do último plantio não haviam sido comercializadas e sofreriam com a concorrência do produto importado.

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Os triticultores do Rio Grande do Sul e do Paraná, que são os Estados líderes na produção, estão na expectativa para os rumos da comercialização desta safra. O Brasil deve colher 7,5 milhões de toneladas, sendo que 3,1 milhões serão produzidas no Rio Grande do Sul. O Paraná já começou a colher e estima uma safra recorde de 4 milhões de toneladas. Com isso, os preços, que já estão em patamares baixos para os triticultores gaúchos, podem cair ainda mais.

O valor médio na última semana registrou queda de 1,45%, chegando a R$ 27,92 a saca de 60 quilos. O preço é 22% inferior ao da mesma época do ano passado, quando cada saca era vendida a R$ 35,89.

– Se com a frustação do Paraná no ano passado ainda temos 400 mil toneladas de trigo no Rio Grande do Sul, imagina termos uma safra recorde no Paraná e ainda a repetição da safra passada no Rio Grande do Sul. Então, nós estamos nos antecipando e negociando junto ao governo federal mecanismos de comercialização – destaca o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro-RS), Paulo Pires.

Pires acredita que aquisições do governo federal e contratos de opção poderiam ajudar. Ele afirma que as chuvas que caíram no Estado no início do plantio não chegaram a comprometer a safra.

Apesar do prazo da retirada da TEC encerrar essa semana, a redução de ICMS concedida pelo governo estadual para vendas interestaduais do produto gaúcho também termina. O setor reivindica a prorrogação do desconto, que baixou de 8% para 2%. A Federação Gaúcha da Agricultura (Farsul) já solicitou ao governo para que o benefício permaneça com a inclusão de Paraná e Santa Catarina.

– Estamos aguardando posições e vamos ver como se comporta a colheita do Paraná. Vamos ver se sobra alguma coisa para o Rio Grande do Sul – aponta o presidente da Farsul, Carlos Sperotto.

Veja a reportagem completa:

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