De acordo com o relatório do controlador estatal, Micha Lindenstrauss, no final de 2003, o ministério permitiu que os criadores usassem ração que continha um estimulante ao crescimento com arsênico, apesar do uso desta substância em produtos químicos e hormônios ser proibido no país desde 1959. As informações foram publicadas nesta quinta pelo jornal Ha’aretz.
A investigação mostra que nos anos de 2005 e 2006 foram detectados em frangos israelenses destinados ao consumo humano restos desta substância, que se acumula no fígado e no tecido adiposo e pode, inclusive, em pequenas quantidades, causar problemas cardíacos, circulatórios, digestivos, perda de funções mentais e câncer.
O arsênico também gera grandes riscos ambientais se seu pó entrar em contato com as fontes de água naturais.
Apesar disso, em outubro de 2006, o Ministério da Agricultura, cujo titular era o atual ministro dos Transportes israelense, Yisrael Katz, não agiu para impedir o uso da substância, que continuou sendo utilizada até abril de 2007.
“O ministério favoreceu a postura dos agricultores, que tinham considerações econômicas em mente, e não levou em conta os danos ambientais e o interesse público”, indica o relatório do controlador.