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Chuvas
O ano de 2014 não teve o mês de fevereiro mais chuvoso dos últimos anos, ficando à frente apenas de 2013 em uma série de cinco anos. Porém, as chuvas intensas da primeira e terceira semanas do mês atrapalharam a semeadura. Em Campo Novo do Parecis, pouco mais da metade dos 254,9 milímetros registrados no mês caíram entre os dias 14 e 21
Mesmo com as fortes e constantes pancadas, o único prejuízo ficou para o avanço da semeadura, até o momento, apenas casos isolados de replantio foram registrados, sem reclamações sobre Mela. A volta das pancadas intensas, prevista para a primeira semana de março, não deve prejudicar a semeadura da fibra.
Com isso, o plantio no Estado já está praticamente finalizado, da área de 593 mil hectares previstos, 99,5% já foram semeados. A estimativa do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) é de que a semeadura esteja concluída até a próxima sexta, dia 7. Enquanto isso, o mercado voltou a demonstrar leves sinais de maior movimentação, com produtores e comerciantes ficando um pouco mais flexíveis aos preços oferecidos pelas indústrias, pois, como a demanda estava fraca, houve desvalorização das cotações de pluma.
Mercado interno
Fevereiro se mostrou um mês de retração de preços da pluma de algodão em Mato Grosso. Com a cotação 4% menor se comparada ao início do mês, os produtores e comerciantes estão começando a ficar mais flexíveis aos preços oferecidos. Como a demanda pela pluma tem se mostrado baixa, existe a preocupação de que a cotação do algodão se desvalorize. Com isso, o mercado voltou a se movimentar, apenas na quarta, dia 26, 55 mil toneladas de pluma foram comercializadas no Estado, dando certo suporte aos preços, que fecharam a R$ 69,40 a arroba em Itiquira, e R$ 68,30 a arroba em Sapezal.
Farelo
Com o fim do confinamento bovino devido à volta das chuvas, os preços de farelo de algodão em Mato Grosso vinham sofrendo quedas. Em Rondonópolis, a cotação, que era de R$ 520 a tonelada em novembro, chegou a registrar valor 13% menor em fevereiro, R$ 450 a tonelada. Porém, o quadro começou a mudar nas últimas semanas, com os primeiros contratos futuros fechados para o caroço de algodão. Devido ao início do planejamento para o próximo confinamento, os preços começaram a ganhar resistência, fechando a R$ 460 a tonelada em Campo Verde e em Rondonópolis.
Mercado futuro
O contrato de julho de 2014 da Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque seguiu o ritmo da semana anterior, e terminou a semana em queda. Devido à realização de lucros na última terça, dia 25, e a divulgação de relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), que registrou exportações semanais a níveis baixos nos Estados Unidos, a cotação fechou a semana a US$ 28,83 a arroba, 1,2% menor se comparado à semana anterior, registrando queda pela segunda semana consecutiva no ano.
Mesmo com a semana sendo de variações negativas, houve certa reação das cotações na quinta, dia 27, que teve uma elevação de 1,3% em relação ao fechamento do dia anterior. Tal suporte de preços vem ocorrendo devido à oferta apertada da pluma norte-americana. Durante a semana, o mercado deve se recuperar da realização de lucros ocorrida.