O governo federal anunciou na noite desta segunda-feira (28), a demissão de Joaquim Silva e Luna, que deixará o comando da Petrobras após pouco menos de um ano a frete do cargo. A presidência da estatal deverá ser de Adriano Pires, nome indicado pelo Ministério de Minas e Energia.
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Ainda nesta segunda a Petrobras informou, em nota, que recebeu ofício do Ministério de Minas e Energia e que, em data futura, deliberará sobre a indicação de Adriano Pires de Andrade para a presidência da empresa. Segundo o documento, a próxima assembleia geral ordinária – que deverá acontecer em 13 de abril – avaliará duas substituições para a eleição de membros do conselho administrativo.
Silva e Luna assumiu a presidência da Petrobras em abril do ano passado, em substituição a Roberto Castello Branco, que foi demitido em um momento de alta nos preços dos combustíveis, sendo inclusive alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro.
Em meio às criticas pela elevação da gasolina, diesel e etanol, Joaquim Silva e Luna chegou a ser convocado pelo Senado Federal para dar explicações sobre a alta no preço dos combustíveis. Na ocasião, o agora ex-presidente da Petrobras disse que a estatal não era a única responsável pela elevação nos preços.
“A Petrobras acompanha preços de mercado, resultado do equilíbrio entre oferta e demanda. A Petrobras reajusta os preços dos combustíveis observando os mercados externo e interno, competição entre produtores e importadores e a variação do preço no mercado mundial, observando se trata de fenômeno conjuntural ou estrutural”, disse em novembro do ano passado.
Perfil do novo presidente da Petrobras
Graduado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com mestrado em Planejamento Energético e doutorado em Economia Industrial pela Universidade Paris XIII, Adriano Pires já foi superintendente de Abastecimento e superintendente de Importação e Exportação de Petróleo da Agência Nacional do Petróleo.