John Deere contraria crise e inaugura nova fábrica no país

Unidade de Campinas deve atender mercado sul-americano e europeuApesar da crise, a John Deere, líder no mercado mundial de máquinas e equipamentos agrícolas, inaugurou nessa terça, dia 9, em Campinas (SP), um centro de distribuição de peças para atender toda a América do Sul e Europa. O investimento é de US$ 18 milhões e vai gerar 200 empregos diretos. O centro de Distribuição de peças América do Sul é o primeiro investimento da empresa no Estado de São Paulo. Mas não é o único, no que depender do secretário de Agricultura do Estado, João Sampaio. No discurs

O centro de distribuição tem capacidade para fornecer 60 mil peças para máquinas e equipamentos por mês para a América do Sul e Europa.  A instalação em Campinas, há 90 km da capital São Paulo, é estratégica, por questão de logística. A unidade fica próxima dos principais portos e aeroportos do Brasil, o que deve reduzir o tempo de entrega das mercadorias aos fornecedores, segundo o diretor de peças da empresa, Antônio Garcia.
 
? No caso dos nossos centros de distribuição anteriores, no Rio Grande do Sul e em Goiás, requeriam algum tempo adicional. Um dia a mais, dois dias a mais. De maneira que esta localização é excepcional neste ponto de vista, de chegar perto do cliente de forma eficaz ? afirmou.
 
A dimensão do empreendimento não reflete a crise que vive o setor. Mas os executivos da empresa admitem: a crise afetou sim, principalmente a produção. Por isso, para o próximo ano não há previsão de redução nos investimentos, mas também não há previsão de aumento.
 
? Nossos planejamentos são feitos sempre olhando o longo prazo. Isso não quer dizer que estamos preservando o curto prazo. Estamos aqui afirmando que não existe crise e que não é verdadeira ? disse o diretor de vendas da John Deere, Paulo Herrmann.
 
Os últimos números da empresa são do ano passado. Em 2007,  com três fábricas que tem no Brasil, a John Deere produziu mais de 5 mil tratores e 2 mil colheitadeiras. Tinha uma previsão de produzir até 20% a mais no próximo ano, mas com a crise, mudou a estratégia.  

? Nós estamos fazendo ajustes de curto prazo na produção pra evitar que se produza além da necessidade. Neste momento, a palavra se chama cautela ? acrescenta Herrmann.