? Somos otimistas e realistas e o mercado brasileiro está muito bom ? disse o diretor de Relações Institucionais para a América do Sul da companhia, Alfredo Miguel Neto.
? Muito brevemente novos investimentos serão anunciados ? completou o executivo.
Ele confirmou que a John Deere analisa áreas em todo país para possíveis unidades. Recentemente, executivos da companhia estiveram, por exemplo, na região de Campinas (SP), para a avaliação de terrenos disponíveis.
Na cidade do interior paulista, a companhia já tem um centro de distribuição de peças.
? Essa região e (o Estado de) São Paulo são muitos importantes, mas nós avaliamos e investigamos áreas em todo o país; quando o mercado sinalizar para novos investimentos, precisamos estar prontos ? afirmou.
Além do centro em Campinas, a John Deere tem unidades fabris de tratores, implementos, colheitadeiras de grãos e colhedoras de cana em Montenegro e Horizontina, no Rio Grande do Sul, e em Catalão (GO). Nessa unidade goiana a empresa investiu R$ 60 milhões para a produção de pulverizadores. Tem, ainda, unidades de irrigação em Uberlândia e de produtos florestais em Barueri (SP), além de escritórios e centros de distribuição espalhados pelo país.
Os números do primeiro trimestre da companhia, com alta de 25% no faturamento no país, ante queda de 12% a 15% no mercado, deram o tom otimista da John Deere na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).
? A expectativa é manter esse desempenho durante o ano inteiro ? previu Miguel Neto.
Exportação
O único empecilho para a John Deere no país é o desempenho das exportações, que caíram 50% no primeiro trimestre de 2011, ante igual período de 2010. Além do dólar desvalorizado, a empresa critica as barreiras impostas pela Argentina com a não renovação das licenças automáticas de importação de máquinas brasileiras.
Com isso, as exportações John Deere para o país vizinho, que representam 50% de todo o volume da companhia na América do Sul, se resumiram a 150 colheitadeiras nos três primeiros meses de 2011.
Para a companhia, a questão com a Argentina deve ser tratada entre os governos dos dois países e as montadoras são representadas pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. (Anfavea).
? Essas relações precisam ser claras, pois uma vez que a Argentina fecha a fronteira, isso impacta a companhia; o acordo automotivo entre os dois países não prevê a licenças de importação para o setor automotivo ? argumenta Miguel Neto.