Com a meta de erradicar a fome no mundo, José Graziano pretende ser o primeiro latino-americano à frente da organização, criada em 1945. Antes de se licenciar para a campanha, já chefiava o escritório regional.
O candidato concorre com representantes da Espanha, Áustria, Indonésia, Iraque e Irã. Nesse sábado, dia 25, em Roma, cada um deles terá 15 minutos para apresentar suas propostas. O favoritismo de Graziano, segundo especialistas, se deve ao apoio da América Latina, que nunca contou com um diretor na FAO, e ao currículo exemplar do brasileiro.
? É um referência no setor, conduziu o Fome Zero, consolidou o programa, que é uma das grandes vitrines da gestão Lula e agora do governo Dilma. Então, nesse sentido, o Graziano pode ser apontado, sim, como favorito na disputa ? disse André Cesar, cientista político.
Outro ponto a favor do Brasil é a fase de projeção internacional que o país vive hoje, lembra esse professor de Relações Internacionais.
? O Brasil é um país relevante, por ter uma capacidade de produção de alimentos, significativa, ainda possível de grande expansão, de um lado, e de outro lado, por ter também um papel influente do ponto de vista da preservação do Meio Ambiente ? falou Jorge Ramalho, professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília.
O resultado será divulgado ainda no domingo, dia 26.