Os jovens foram à capital federal cobrar do governo garantias de acesso à terra para permanecer no campo, com sustentabilidade ambiental, além da criação de políticas públicas específicas, principalmente no que diz respeito à educação no campo.
? Estudo à noite. Saio de casa às 16h e chego à meia-noite. Falta educação de qualidade, voltada para o campo ? explica o potiguar Jerlandio Moreira, de 24 anos.
? Devido à precariedade nas escolas públicas, nos interiores a gente tem que se deslocar para a cidade. Sendo assim, saímos do campo onde ajudamos os nossos pais com trabalho para ir até a cidade ? completa o maranhense Sidney Pinheiro, de 20 anos.
? Eu me locomovo 88 quilômetros, sendo 50 em estrada de chão, para poder ir à cidade de Marabá, que é a mais próxima, para fazer faculdade ? acrescenta a paraense Adriele Sales.
Em um documento, entregue à presidência da República, também foi sugerido que o Incra faça assentamentos específicos para jovens e o Ministério do Desenvolvimento Agrário crie um programa de crédito fundiário direcionado.
Além de cobrar melhorias, os participantes estão em Brasília para aprender. É o caso do gaúcho Vanei Michel, que volta para casa com mais conhecimento na bagagem.
? Vim aprender na oficina de rádio, e informática também. Quero continuar vivendo no campo, mas com qualificação ? declara o jovem.