O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ainda tem a expectativa de que os pontos mais polêmicos possam ser contornados. Assim como o líder do governo, ele defendeu “um amplo debate no Senado”.
? Evidentemente que o Senado tem posições de alguns setores e de outros e, portanto, não teremos qualquer pedido de urgência na apreciação da proposta de mudança do Código Florestal ? ressaltou Sarney.
O líder do governo destacou, também, que está em construção um acordo para que o projeto de lei do Código Florestal seja votado ainda nesta terça na Câmara. Pelo acordo, os pontos que não forem aprovados pela Câmara serão aprovados no Senado, por emendas parlamentares. O parlamentar defendeu a ampliação do prazo de análise da matéria, pelos senadores, com o objetivo de dar aos senadores maior tempo para os debates que viabilizariam a votação das emendas.
? A Casa tem senadores e senadoras experientes nessa matéria e, portanto, vamos com tranquilidade fazer as emendas necessárias ao código e remetê-lo à Câmara ? afirmou Jucá.
Ele descartou qualquer possibilidade de os debates sobre a matéria “serem contaminados”, durante a tramitação no Congresso, pelas denúncias veiculadas na imprensa sobre a evolução patrimonial do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.
? O Código Florestal será votado pela base e o caso Palocci será defendido pela base porque achamos que o Palocci deu todas as explicações e não tem culpa ? completou o líder do governo.
Para a oposição, não há motivo para misturar os dois assuntos. O presidente do Democratas (DEM), senador José Agripino Maia (RN), diz que a oposição discute, no momento, os fatos que estão na pauta política, no caso as denúncias contra Palocci.
? São coisas distintas. Não há porque contaminar um assunto com outro ? afirma.
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