A Monsanto processou a DuPont em 2009 por causa da semente de soja Optimum GAT, que inclui características transgênicas adotadas pela DuPont para tornar as lavouras resistentes ao glifosato. Inicialmente, a DuPont e sua subsidiária Pioneer Hi-Bred comercializaram essa semente como uma alternativa à Roundup Ready da Monsanto, mas depois igualou seu produto ao concorrente, por meio da Optimum GAT.
Segundo a Monsanto, ao fazer isso a DuPont violou os termos de um acordo de licenciamento de 2002. A DuPont recorreu judicialmente, alegando práticas anticompetitivas por parte a Monsanto, mas deixou de comercializar a Optimum GAT. Durante o julgamento, a DuPont argumentou que a Monsanto enganou autoridades do governo dos Estados Unidos para obter a patente.
“Essa decisão destaca que todas as companhias que fazem investimentos pioneiros e substanciais em desenvolvimento de tecnologia de ponta terão seus direitos de propriedade intelectual confirmados e justamente valorizados”, afirmou o vice-presidente executivo e conselheiro geral da Monsanto, David Snively, em comunicado.
Já a DuPont afirmou que vai recorrer novamente da decisão, pois a indenização de US$ 1 bilhão é injustificável. “A DuPont discorda fortemente do veredicto”, declarou a companhia química, em nota. “Houve graves erros fundamentais no caso que privaram o júri de fatos e argumentos importantes”.
A tecnologia Roundup Ready da Monsanto é muito utilizada pelos produtores agrícolas, pois a companhia licencia sua utilização para outras empresas. Existem variedades de alfafa, milho, algodão, canola e beterraba resistentes ao glifosato.