A juíza Ana Paula Colabono Aires determinou que fosse feita uma nova vistoria no local às 13h desta quinta, dia 6. O trabalho vai ser feito pelos engenheiros civis Luiz Alberto D´Ângelo Santiago e Luiz Felipe Santiago, e pelo engenheiro de segurança Luiz Gustavo Barione. Ana Paula tomou essa decisão mesmo reconhecendo ter recebido os documentos necessários por parte da organização.
Também foi determinada a contratação de auditoria independente sobre o controle de público e de ingressos a serem vendidos. O contrato deve ser apresentado até as 16h desta quinta.
? Saliento que até o resultado da vistoria e o comprimento da exigência acima (auditoria), fica mantida a decisão que proibiu a realização do evento, bem como a suspensão da determinação de ser divulgado o cancelamento e de serem devolvidos os ingressos ? informou a juíza.
Liminar
A realização do Jaguariúna Rodeo Festiva tinha sido decidida pela própria juíza Ana Paula Colabono Airas nesta segunda, dia 3. Ela se manifestou favoravelmente a uma Ação Civil Pública movida pelos promotores Kelli Giovanna Altieri Arante e Leonardo Romano Soares, do Ministério Público de São Paulo.
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Os organizadores do rodeio pediram que a juíza reconsiderasse a decisão. Na terça, dia 4, a magistrada decidiu suspender as determinações de que fosse comunicado o cancelamento do rodeio e devolvido o dinheiro dos ingressos.
Nesta quarta, a Associação Equestre e Esportiva de Jaguariúna e a VPJ Eventos e Comércio, que são rés no processo, informaram ter apresentado laudo do Corpo de Bombeiros atestando a segurança do local do evento e um parecer da Polícia Militar favorável ao sistema de controle de venda de ingressos.
Entretanto, os promotores públicos voltaram a se manifestar, dizendo que as medidas adotadas pela organização ainda não foram suficientes, argumento endossado pela juíza da 2ª Vara Judicial de Jaguariúna, tomando como referência os incidentes ocorridos na Jaguariúna Rodeo Festival de 2009, quanto tumultos causaram a morte de quatro visitantes.
? Tanto a Prefeitura Municipal de Jaguariúna quanto o 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros foram negligentes na emissão do alvará e autos de vistoria do evento realizado no ano passado, de modo que não são suficientes para atestar a segurança do local ? diz a decisão.
