A proposta foi aprovada em assembleia por 2.448 credores (56,7% do total), na grande maioria pecuaristas de várias regiões do interior de São Paulo, que entregaram gado para abate e não receberam cerca de R$ 160 milhões. O plano foi aceito pelo juiz Adílson Balotti, do Fórum de Estrela D’Oeste, interior de São Paulo, mas poderá ser contestado, com Agravo de Instrumento em até dez dias no Tribunal de Justiça, por credores que não aceitaram o acordo e discordam da decisão judicial.
A Estrela Alimentos entrou com pedido de recuperação em novembro de 2008, durante a crise financeira mundial. Abalado pela falta de crédito e operações com derivativos, o grupo fechou seis de suas nove unidades em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Goiás e dispensou 2,6 mil funcionários.
Atualmente, o Estrela possui seis unidades em funcionamento com cerca de 1,7 mil trabalhadores. Os abates de bovinos, que eram de 3,2 mil reses/dia, hoje estão em 1,2 mil/dia, e os abates de suínos, antes de 2,2 mil/dia, agora estão em 1,5 mil/dia. As exportações que antes correspondiam a 20% do total de abates, estão hoje em 10%. O frigorífico também produz 150 toneladas de embutidos e exporta para Rússia, Líbia, Irã e Hong Kong.