Kátia Abreu condena normas que relativizam direitos à propriedade rural

Presidente da CNA diz que poder público usa de bandeiras sociais para prejudicar produtoresA presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, criticou nessa quinta, dia 2, as normas que ferem o direito de propriedade assegurado na Constituição.

? Hoje não temos apenas as invasões do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra). Temos uma série de invasões à caneta, que são a enxurrada de decretos e instruções normativas que relativizam este direito de propriedade ? afirmou a senadora, que palestrou para 600 produtores rurais de Uberlândia e regiões próximas, durante o lançamento do CNA em Campo.

Para a Kátia, o poder público usa bandeiras sociais, como questões indígenas e quilombolas para impor aos produtores rurais o rótulo de preconceituosos e tirá-los de suas propriedades.

? Não somos contra as bandeiras defendidas por eles. Somos contra as invasões ilegais. Não somos contra as bandeiras indígenas e os quilombolas, somos contra normas inconstitucionais. Se querem nos retirar de nossas terras, nos indenizem de forma adequada ? disse a senadora.
 
A senadora informou que no dia 2 de maio, em Uberaba (MG), haverá uma reunião das Comissões de Agricultura da Câmara e do Senado para debater a questão do direito de propriedade. Do encontro, sairá a Carta de Uberaba, que será levada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com uma série de sugestões para o tema.