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Kátia Abreu confirma juros maiores no Plano Safra

Percentual de aumento ainda não está confirmadoA ministra Kátia Abreu confirmou no final da manhã desta sexta, dia 13, em entrevista coletiva concedida no Itamaraty, que o próximo Plano Safra terá a taxa de juros elevada.

Fonte: Divulgação/Senado

Kátia não revelou, no entanto, se o aumento vai ser maior do que o aplicado no Plano do ano passado, quando a taxa de juros das linhas de crédito passou de 5,5%, em média, para 6,5%. Ela afirmou que, mesmo que haja aumento na taxa de juros, “nada será feito que inviabilize a agricultura”.

– Nós sabemos da rapidez com que a agricultura responde à economia, ao emprego, às importações. Estou totalmente tranquila no que diz respeito ao volume e aos juros que praticaremos na próxima safra. Não posso responder [sobre a alta de juros], nós teremos o momento adequado, que será o lançamento do plano – disse.

A ministra também confirmou a presença de André Nassar na Secretaria de Política Agrícola, e revelou que vai enviar uma missão do Ministério da Agricultura para a Malásia, China e Rússia para negociar um protocolo de abertura de plantas aptas a exportar carnes bovina, suína e de aves na segunda semana de abril. Segundo ela, com relação às barreiras no comércio internacional de produtos do agronegócio, o entendimento é que não se deve aceitar exigências fitossanitárias que não as estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

– Estamos bastante otimistas que nós teremos um número de plantas que poderão ser abertas, não digo facilidade, mas com mais agilidade, e superar o nível muito elevado de burocracia que temos atualmente para abertura das plantas – diz a ministra.

Com os russos, Kátia disse que quer estar em dia com protocolos sanitários e fitossanitários para solidificar as relações de comércio.

– Queremos fazer a nossa parte e demonstrar aos russos que nós temos competência e eficiência para cumprir esses acordos sanitários e fitossanitários – concluiu.

Ampliação da classe média rural

Kátia disse que o Brasil tem o objetivo de ampliar a classe média rural brasileira. Segundo ela, os representantes do Brics solicitaram o apoio do Brasil em relação aos mecanismos para democratização da pesquisa, crédito e comercialização rurais. 

– A questão da segurança alimentar está muito ligada a esses mecanismos. Inclusive nós apresentamos o nosso objetivo da ampliação da classe média rural brasileira. Estamos traçando estratégias que já existem, foram testadas e estamos reunindo em um arcabouço só para atender a esses [pequenos] produtores, levando instrumentos que possam elevá-los na condição de uma classe média como nós fizemos com a classe média urbana – declarou.

A secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Maria Fernanda Ramos Coelho, que participou da reunião representando o titular da pasta, Patrus Ananias, afirmou que atualmente 50% da população rural do país faz parte da classe média. Segundo ela, os países do Brics têm muitos pontos em comum e um dos principais é a segurança alimentar. 

– É uma preocupação de todos os países e o Brasil conquistou um marco. Em 2014, nós saímos do mapa da fome. Todas as ações institucionais que o governo brasileiro tomou, do ponto de vista do acesso ao alimento, ao crédito e à assistência técnica. Esses pontos serão fruto de várias cooperações que estão em andamento com países do Brics – disse.

Os anúncios foram feitos após a 4ª Reunião de Ministros da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que trata da cooperação entre os países do Bloco no que diz respeito à agricultura e desenvolvimento agrário. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, e das delegações dos cinco países, também participaram do encontro.

* Apuração de Manaíra Lacerda

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