Kátia e Dilma discutem seguro safra nesta terça

Ministra da Agricultura esteve reunida com lideranças e diz que quer que Brasil produza 80% do trigo consumido internamenteA ministra da Agricultura, Kátia Abreu, deverá se reunir com a presidente Dilma Rousseff nesta terça, dia 20, para tratar da liberação dos R$ 300 milhões que faltam para o pagamento do seguro safra 2014/2015.

A informação é do presidente da Comissão de Trigo da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), Hamilton Jardim, que esteve reunido com Kátia Abreu nesta segunda, dia 19.

– Pelo menos foi o que a ministra falou. Cercamente ela vai se reunir com a presidente visando aumentar a subvenção de prêmio do seguro agrícola e, inclusive, liberar essa parcela que está represada por contingenciamento financeiro – disse o dirigente.

Kátia Abreu recebeu, nesta segunda, em Brasília, cerca de 20 representantes de diversas entidades do agronegócio brasileiro para tratar de seguro e outros temas. A reunião aconteceu a portas fechadas.

O dinheiro está retido porque o Ministério do Planejamento não publicou uma portaria, necessária para conceder o pagamento no orçamento de 2015. O presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalspasquale, está preocupado com a possibilidade de os próprios produtores terem que pagar 100% das apólices.

– Infelizmente houve um erro, um processo que era pra ser feito e não foi. Se nós não alcançarmos esse recurso pra colocar no orçamento em 2015, pode ser que sobre pro setor produtivo sim.

Trigo

O incentivo aos produtores de trigo também foi tratado no encontro. De acordo com a Farsul, Kátia Abreu garantiu que quer, durante o mandato, fazer com que o Brasil produza, pelo menos, 80% da demanda interna do cereal no país. Uma nova metodologia de cálculo de custos da produção, prevendo atualizar o preço mínimo do trigo e de outras culturas, estaria nos planos.

– Infelizmente hoje nós não temos produzido nem 50% do que se consome no país. Consequentemente, nós precisamos, dentro de um processo de planejamento e de segurança alimentar, aumentarmos a área cultivada. Mas, para isso, é necessário preços mínimos condizentes com os altos custos de produção e um seguro agrícola condizente com a realidade e com os riscos do setor – aponta Hamilton Jardim