A informação é do presidente da Comissão de Trigo da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), Hamilton Jardim, que esteve reunido com Kátia Abreu nesta segunda, dia 19.
– Pelo menos foi o que a ministra falou. Cercamente ela vai se reunir com a presidente visando aumentar a subvenção de prêmio do seguro agrícola e, inclusive, liberar essa parcela que está represada por contingenciamento financeiro – disse o dirigente.
Kátia Abreu recebeu, nesta segunda, em Brasília, cerca de 20 representantes de diversas entidades do agronegócio brasileiro para tratar de seguro e outros temas. A reunião aconteceu a portas fechadas.
O dinheiro está retido porque o Ministério do Planejamento não publicou uma portaria, necessária para conceder o pagamento no orçamento de 2015. O presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalspasquale, está preocupado com a possibilidade de os próprios produtores terem que pagar 100% das apólices.
– Infelizmente houve um erro, um processo que era pra ser feito e não foi. Se nós não alcançarmos esse recurso pra colocar no orçamento em 2015, pode ser que sobre pro setor produtivo sim.
Trigo
O incentivo aos produtores de trigo também foi tratado no encontro. De acordo com a Farsul, Kátia Abreu garantiu que quer, durante o mandato, fazer com que o Brasil produza, pelo menos, 80% da demanda interna do cereal no país. Uma nova metodologia de cálculo de custos da produção, prevendo atualizar o preço mínimo do trigo e de outras culturas, estaria nos planos.
– Infelizmente hoje nós não temos produzido nem 50% do que se consome no país. Consequentemente, nós precisamos, dentro de um processo de planejamento e de segurança alimentar, aumentarmos a área cultivada. Mas, para isso, é necessário preços mínimos condizentes com os altos custos de produção e um seguro agrícola condizente com a realidade e com os riscos do setor – aponta Hamilton Jardim