O presidente da Câmara Setorial da Citricultura, Marco Antonio Santos, não acreditar que o governo fará qualquer leilão do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) de laranja até 2016, após os cortes anunciados nesta segunda, dia 14, nas dotações orçamentárias para a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Para o Orçamento do próximo ano, o governo anunciou a redução de R$ 1,1 bilhão em recursos previstos para todas as operações de subvenção e deve destinar apenas R$ 600 milhões à PGPM.
Santos disse que o setor já não esperava leilões de Pepro para laranja em 2015, na atual safra 2015/16 e a situação deve se prolongar por mais um ano com as medidas anunciadas.
“Do jeito que as coisas estão, acredito que não vão fazer Pepro em nenhum produto”, disse.
No ano passado, as operações de Pepro movimentaram cerca de R$ 47 milhões e ajudaram no escoamento de 18,8 milhões de caixas (de 40,8 quilos) de laranja. Santos lembra ainda que, na safra 2011/2012, só com operações de Pepro para a laranja o governo destinou R$ 160 milhões.
Nos leilões de Pepro, o governo concede uma subvenção econômica (prêmio) ao produtor, ou sua cooperativa, que se disponha a vender seu produto pela diferença entre o valor de referência estipulado pelo governo federal e o valor do prêmio arrematado em leilão.