O greening está presente em 22,37% das laranjeiras no cinturão citrícola de São Paulo e no Triângulo/Sudoeste Mineiro, ou mais de 43 milhões de árvores, de acordo com levantamento anual do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). O dado representa o quarto avanço consecutivo da doença – considerada a mais danosa da citricultura – e o maior patamar desde 2004, quando foi identificada no Brasil.
A alta na comparação com o ano passado é de 7,2%. Em pomares jovens, de até cinco anos, o aumento foi de 50%, alcançando incidência de 10,21%. Em grandes propriedades, a doença atinge 15,4% dos pomares, alta de 10%.
O gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres, afirma que é necessário agir com urgência. “Chegamos a um patamar crítico, pois o avanço do greening tem potencial de inviabilizar não só pomares comerciais de forma isolada, mas até mesmo regiões inteiras”, disse ele em comunicado. “E, considerando que o controle insuficiente em uma fazenda afeta todas as propriedades citrícolas do entorno, a situação exige a conscientização do setor e a adoção de ações rigorosas de manejo interno e externo”.
De acordo com o Fundecitrus, o ano passado registrou população recorde do psilídeo, inseto que transmite o greening, em decorrência de brotações em período atípico, estiagem e não eliminação de plantas doentes.