A reunião da Câmara Setorial da Citricultura, nesta terça, dia 4, em Brasília, Distrito Federal, será marcada pelas críticas do presidente da entidade, Marco Antonio dos Santos, à falta de atenção ao setor pelo Ministério da Agricultura.
Segundo ele, os produtores de citros e a própria câmara, ligada ao ministério, nunca foram atendidos pela ministra da Agricultura, Katia Abreu, e nem pelo secretário de Política Agrícola, André Nassar.
– Já fizemos vários pedidos, estivemos no gabinete e a única resposta foi a da secretária do secretário (Nassar) informando, há mais de dois meses, que iria tentar agendar uma reunião com ele – disse Santos.
– Até o ano passado, a gente ligava direto para o ministro (Neri Geller) e agendávamos os encontros. Agora, nem os parabéns conseguimos dar para a ministra por ela ter assumido a Pasta, e isso já foi há sete meses – acrescentou.
Para o presidente da Câmara Setorial da Citricultura, uma das principais demandas do setor, a realização de leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) de laranja, comuns no ano passado, nem sequer deverá ser atendida na safra 2015/2016.
– Além do silêncio, há a questão da falta de recursos e, pelo jeito, vamos morrer na praia este ano – afirmou Santos.
Outra questão difícil de ser atendida no curto prazo, também incluída na pauta do encontro de amanhã, será a desoneração do suco de laranja comercializado no mercado interno para aumentar a demanda pela bebida e pela fruta.
A pauta da reunião prevê, ainda, a reformulação da política fitossanitária para o combate ao cancro cítrico e ao greening, principais pragas dos pomares. O setor pede ao governo a atualização da legislação de combate e erradicação das duas doenças.