A proposta foi entregue pelos representantes dos citricultores no Consecitrus hoje pela manhã à CitrusBR, que representa as associadas Cutrale, Citrosuco e Louis Dreyfus Commodities.
– A CitrusBR vai analisar com agilidade a proposta, mas dentro dos parâmetros colocados pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no julgamento que autorizou o Consecitrus. Assim que tivermos uma posição, vamos retornar aos produtores. Vamos tentar o mais rápido possível, mas a proposta é densa e não será de um dia para outro – disse Netto, sem fazer análise das propostas e lembrando que o prazo estipulado pelo Cade para que a proposta de consenso de estatuto do Consecitrus seja apresentada é setembro.
• Veja também: Exportações de suco de laranja podem subir 109,1% em junho
Conforme revelou ontem a Agência Estado, entre as propostas feitas no estatuto, os produtores de laranja defendem o fim da verticalização das companhias processadoras da fruta, as quais só poderão processar no máximo 20% da fruta que utilizarem como matéria-prima para a produção de suco. Caso o porcentual ultrapasse os 20%, as companhias terão de se submeter a um plano de desinvestimento anual para reduzir os pomares próprios.
Outro ponto polêmico deve ser a criação, pelo Consecitrus, de um contrato modelo a ser obrigatoriamente utilizado pelas empresas na compra da laranja. Esse tipo de contrato já foi proibido pelo próprio Cade no passado.