A avaliação é de Leandro Teixeira, gerente de Produção Agrícola da Cocamar Cooperativa Agroindustrial, que participa nesta quinta, dia 28, da Semana da Citricultura, em Cordeirópolis (SP). Desde 2009, a doença já atinge um índice acumulado de 5,39% em Paranavaí e em 9,47% em Londrina, regiões atendidas pela cooperativa.
– Como o custo de produção tem se elevando bastante, por conta do greening e da mão-de-obra utilizada no combate à doença, a única saída é a elevação da produtividade e o Paraná precisa sair na frente – disse Teixeira.
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Para isso, a cooperativa paranaense mantém um rígido controle de manejo dos pomares dos 351 produtores, com 10 agrônomos exclusivos para os 11 mil hectares com citros na área de atuação.
– O plantio de laranja precisa primeiro de autorização da Agência de Defesa Sanitária do Paraná (Adapar) e todo cultivo precisa de definição do agrônomo, que recomenda a variedade, porque o plantio depende (da escala de processamento) da indústria processadora da cooperativa. O agrônomo define ainda todo o manejo até a entrega da fruta para a colheita, que também é monitorada pela cooperativa – afirmou.
A fruta é processada na unidade de Louis Dreyfus Commodities (LDC), em Paranavaí, unidade que foi vendida pela cooperativa à companhia.
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Com isso, a produtividade dos citricultores de laranja da Cocamar varia de 809 a 932 caixas de laranja por hectare, quase dobro da produtividade brasileira, de 553 caixas por hectare, e 625 caixas por hectare em São Paulo. Dos produtores da Cocamar, 38% tem produtividade acima de 1 mil caixas por hectare e outros 17% acima de 1,4 mil caixas por hectare.
– Tivemos produtores de sequeiro (laranja sem irrigação) acima de 2 mil caixas por hectare – concluiu.