– Está sendo discutido um estatuto que traga um consenso sobre a participação dos produtores, porque são três entidades integrantes: Faesp, Associtrus e Sociedade Rural Brasileira; e três entidades participantes: Unicitrus, Alecitrus e Cocamar. Então, está se chegando a um consenso de estatuto, para que esses membros fundadores do Concecitrus, pelo lado dos produtores, participem junto da Citrus BR, que representa as indústrias com um consenso de voto, com uma posição única dos produtores de laranja. É um sinal de maturidade do setor – afirma o presidente da Unicitrus, Roberto Janck.
Dois pontos são considerados os principais para a adaptação do estatuto, proposto ao interesse do produtor:
– A questão da precificação, havia uma ideia de que a precificação seria só um referencial e nós estamos propondo que, uma vez que o produtor faça opção pelo processo junto ao Consecitrus, ele tenha um sistema de precificação. É um preço referencial que a indústria pode pagar, mais ou menos. Quer dizer, ficaria definido que essa seria a remuneração do produtor – esclarece Flávio Viegas, presidente da Associtrus.
Os produtores defendem, ainda, a contratação de um diretor executivo que não seja ligado nem aos produtores, nem às indústrias. Resolvida a versão dos produtores, o estatuto vai ser confrontado com a versão da indústria. Para, aí sim, a definição do estatuto definitivo. O deve ocorrer somente em 2015.
– O ideal seria que isso ocorresse no primeiro semestre de 2015, antes da nova safra, mas eu acredito que dificilmente vai ocorrer. Por isso que a posição da Associtrus defende uma precificação provisória, para que haja tempo de se implantar o Consecitrus, e aí sim, com novas metodologias de precificação – conclui Viegas.