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Exportação de suco laranja em 2015/2016 cai 5%

Receita com as exportações totais de suco alcançou US$ 1,745 bilhão, recuo de 14,6%

Fonte: Pixabay / divulgação

As exportações brasileiras totais de suco de laranja somaram 1,081 milhão de toneladas na safra 2015/2016, encerrada em 30 de junho, queda de 5% sobre o total de 1,131 milhão de toneladas movimentado em 2014/2015. A receita com as exportações totais de suco alcançou US$ 1,745 bilhão na safra 2015/2016, recuo de 14,6% sobre o total de US$ 2,043 bilhões do período 2014/2015.

O levantamento, divulgado pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) a partir dos dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), considera a soma dos volumes de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) e do não concentrado e congelado (NFC), o suco fresco. O volume de NFC, que é seis vezes maior, é transformado no equivalente em FCOJ e somado ao do concentrado no total divulgado.

O volume exportado de FCOJ caiu 7,9%, para 855.189 toneladas em 2015/2016, de 928.490 toneladas em 2014/2015. A receita com o suco concentrado e congelado recuou 18,4% de US$ 1,619 bilhão pra US$ 1,321 bilhão entre os períodos. Já o volume de NFC cresceu 7,8% entre 2014/2015 e 2015/2016, de 209.407 toneladas para 225.750 toneladas. A receita de suco fresco ficou estável, em US$ 423,6 milhões.

Segundo o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, a queda nas exportações do suco de laranja em 2015/2016 foi basicamente pelos recuos das importações do mercado norte-americano na safra passada, de 19% no volume e de 27% na receita. Para Netto, a redução nas compras dos Estados Unidos ocorreu porque na safra anterior, 2014/2015, a indústria brasileira enviou um volume maior àquele mercado temendo que a queda na produção de laranja na Flórida poderia prejudicar a oferta local. No entanto, a queda na demanda interna por suco no mercado local foi maior e prejudicou as exportações brasileiras na safra recém-encerrada. 

“Se não fosse o mercado dos Estados Unidos, o cenário seria mais positivo”, disse. A boa notícia, segundo Netto, além da alta das vendas de suco fresco, bebida que tem um maior volume agregado que o FCOJ, foi o aumento nas exportações para a União Europeia (UE), de 2% em 2015/2016. “A alta ocorreu por conta de um verão com altas temperaturas na União Europeia. Já o aumento nas exportações de NFC é uma tendência do consumidor”, afirmou Netto. Outro fator que pode ter impulsionado as vendas à UE é recomposição de estoques de empresas naquele mercado.

Ainda segundo o levantamento da CitrusBR, nos principais mercados asiáticos, que são menores que os da Europa e dos Estados Unidos, as exportações ao Japão recuaram 27% em volume e 35% em receita, e as vendas de suco de laranja para a China caíram 13% e 20%, respectivamente. O recuo no Japão ocorre por questões técnicas, já que o mercado local exige um limite de sucrose, um dos açúcares presentes na laranja, menor que o da bebida brasileira. Já a baixa no mercado chinês é fruto do aumento da produção local.

Para a safra 2016/2017, iniciada dia 1º de julho, a expectativa da indústria brasileira é positiva, segundo Netto. 

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