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Exportação de suco de laranja cresce 23% nos 6 primeiros meses da safra 2017/2018

O aumento nos embarques, embora configure uma boa notícia, deve ser visto com cautela, já que o setor teve os mais baixos estoques da história e precisa recompor o volume

Fonte: Pixabay / divulgação

Os embarques brasileiros de suco de laranja nos primeiros seis meses da safra 2017/2018, de julho a dezembro de 2017, tiveram expressiva alta de 23%, para 584,5 mil toneladas, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBr), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A receita alcançou US$ 1,052 bilhão, valor 26% superior aos US$ 831,848 milhões da safra 2016/17.

O aumento nos embarques, embora configure uma boa notícia, deve ser visto com cautela, informa o diretor-executivo da CitrusBr, Ibiapaba Netto. Isso porque o setor passou recentemente pelos mais baixos estoques já registrados e há a necessidade de recomposição desse volume.

“Infelizmente, exportação não quer dizer venda”, diz. “A exportação ocorre em grandes navios, com volumes muito grandes, mas a venda é realizada caminhão a caminhão, já no exterior, então primeiro se exporta o suco e depois a venda acontece”, explica. “Com estoques baixos, é necessária a movimentação de um volume maior de suco para fazer essa recomposição”, analisa. 

Para a União Europeia, que compra cerca de 70% do suco de laranja brasileiro, as exportações somaram 361,9 mil toneladas, um avanço de 23% em relação às 293,4 mil toneladas na safra anterior. Em termos de valor é possível observar uma valorização de 29% se comparado à safra 2016/2017.

O caso que chama mais atenção, no entanto, é o dos Estados Unidos que recebeu 151,2 mil toneladas, ante 106,9 mil toneladas na safra passada, 41% a mais no mesmo período. Em valor, os embarques totalizaram US$ 241,545 milhões nos primeiros seis meses, um avanço de 22%.

“No caso dos Estados Unidos existe uma demanda potencial de cerca de 400 milhões de litros de suco não concentrado, o NFC, por causa dos efeitos do furacão Irma no ano passado e isso representa uma demanda excedente em torno de 70 mil toneladas de FCOJ equivalente a 66 Brix”, comenta Netto.

Para o Japão, as exportações recuaram 4% com 18,2 mil toneladas e o faturamento aumentou em 12% com US$ 34,471 milhões. Para o mercado chinês os embarques avançaram em 12% e alcançaram 18,9 mil toneladas, com faturamento de US$ 36.887,000, 22% superior ao período anterior. Para outros destinos houve recuo de 17% em volume e aumento de 34% em valor.

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