O Brasil já tem 100 Indicações Geográficas (IG) reconhecidas para produtos nacionais e internacionais. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a IG de número 100 foi concedida, na espécie “denominação de origem”, para a laranja da região de Tanguá, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, reconhecida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).
O registro foi publicado na Revista da Propriedade Industrial. “As laranjas da região de Tanguá são da espécie citrus sinensis das variedades seleta, natal folha murcha e natal comum e detêm doçura maior, cor pronunciada e suculência. Essas características são relacionadas a fatores de produção específicos, como o conhecimento dos agricultores de citros da região, que costumam colher os frutos com o pedúnculo (“cabinho”) para manter algumas folhas da laranjeira”, explicou o Mapa.
Ainda conforme a pasta do governo federal, para ganhar esse reconhecimento, os produtos ou serviços precisam ter características do local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria. Ou seja: são diferentes, especiais em relação aos seus similares disponíveis no mercado. São produtos que apresentam uma qualidade única por causa de recursos naturais como solo, vegetação, clima e saber fazer (know-how ou savoir-faire).
Das 100 IGs registradas no país, 32 são denominações de origem (23 nacionais e nove estrangeiras) e 68 indicações de procedência (todas nacionais).