A safra de laranja 2020/2021 no cinturão citrícola de São Paulo, Triângulo e sudoeste mineiro deve chegar a 287,76 milhões de caixas de 40,8 Kg, segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). O resultado representa queda de 25,6% em comparação com o ano anterior, quando foram produzidas 386,79 milhões de caixas de 40,8 kg. O desempenho também é 12% inferior à média das últimas 12 safras.
De acordo com a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio, a forte queda ocorre por causa de diversos fatores, principalmente climáticos: entre junho e julho de 2019, houve curta estiagem, seguida de veranico e altas temperaturas entre setembro e outubro, o que provocou queda dos frutos recém-formados da primeira florada, proporcionando menor número de frutas por árvore
De novembro a fevereiro deste ano, ocorreu a indução da segunda, terceira e quarta florada e entre março e abril, as chuvas escassas levaram ao desenvolvimento de frutas pequenas.
Em São Paulo, com o volume de chuvas abaixo da média em praticamente todo o estado desde março, os produtores estão preocupados com a qualidade das laranjas que estão prontas para a colheita, principalmente nos pomares sem irrigação. “Algumas frutas já estão murchas e há limitações no calibre das laranjas (que não ultrapassam o tamanho médio), principalmente das variedades pera e natal”, diz.
Para evitar redução ainda maior na qualidade, os citricultores já optam por acelerar a colheita de algumas laranjas, mesmo que estas não tenham atingido o tamanho ideal. ➔
Segundo a Cogo, a maior participação de frutas de menor calibre dificulta a comercialização no mercado in natura, principalmente diante da redução do food service, por conta da quarentena.