O suco de laranja foi o líder nos principais mercados mundiais, com uma participação de cerca de 40% no mercado total de sucos. O Brasil lidera a produção e a exportação mundial de suco de laranja. O estado de São Paulo e o norte-americano Flórida são responsáveis por mais de 86% da produção mundial de suco de laranja e as três maiores empresas do setor que operam em São Paulo e na Flórida controlam mais de 70% dessa produção.
Entre os mercados mundiais, a Associtrus destaca o crescimento do consumo da Ásia-Pacífico, que já é o terceiro maior mercado e deve superar a União Europeia (UE), o segundo maior, em 2017.
Entre 2011 e 2013, o volume comercializado recuou 2,3%, mas o valor do faturamento cresceu 4,5%.
– Acompanhando a queda mundial do mercado de sucos, o consumo do suco de laranja também vem apresentando retração, porém as causas diferem, principalmente na área de produção. A queda da demanda segue a queda da produção, mas os preços ascendentes do valor dos registros das exportações brasileiras, do preço da laranja na Flórida e do preço do suco de laranja ao consumidor indicam uma demanda reprimida – diz, em nota, o presidente da Associtrus, Flávio Viegas.
Em relação a preços, o estudo revela que a laranja está sendo remunerada acima de US$ 2 a libra (lbss)no mercado dos Estados Unidos, enquanto o suco de laranja está sendo negociado a preços menores na bolsa de Nova York, abaixo do custo de produção em São Paulo e Flórida, de US$ 1,5/lbss.
– Estes números significam que, enquanto o custo da caixa de laranja, tanto em São Paulo como na Flórida está na faixa dos US$ 9, os produtores da Flórida estão recebendo cerca de US$14/cx e os produtores paulistas menos de US$4/cx ou seja menos de US$0,70/lbss, uma diferença que sugere que os citricultores brasileiros estão subsidiando este mercado – alerta Viegas.