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São Paulo erradica mais de oito milhões de pés de citrus

Baixa remuneração dificulta combate ao greening e leva produtores a desistir da atividadeNo segundo semestre de 2014, mais de 2,3 milhões de pés de laranja foram erradicados no Estado de São Paulo. Mas outras 6,4 milhões de plantas foram eliminadas por outros motivos, principalmente por causa da mudança da cultura. O milho avança sobre o pomar de laranja.

Em 2011, mais de 18,6 mil relatórios foram entregues, com 244,7 milhões de pés de laranja inspecionados. Em 2014, esse número caiu para 197,9 milhões de pés, com pouco mais de 12,3 mil relatórios.

Ainda segundo o presidente da Cooperativa de Engenheiro Coelho, na região a área plantada reduziu mais de 50%.  Além do greening, a estiagem e os preços pagos pela indústria, que não cobrem os altos custos da produção, têm feito muita gente desistir da atividade.

– Principalmente pequenos produtores têm desistido da atividade, que se tornou inviável. Hoje, o maior inimigo é o preço, porque se o produtor fosse bem remunerado, poderia lutar contra a doença – sinaliza Melo.

Greening

Dentro do pomar é fácil identificar os pés de laranja que tem greening. As árvores tem tom verde, bem mais claro. O primeiro sintoma são as folhas amareladas, sinal de que os nutrientes não estão chegando. As laranjas ficam pequenas, assimétricas e a produtividade cai.

A doença é provocada por uma bactéria. Sem alternativas de tratamento, o produtor é obrigado a eliminar o pé e evitar que o inseto chamado de “psilidium” sugue a seiva com a bactéria e contamine novas árvores. O presidente da Cooperativa dos Citricultores de Engenheiro Coelho e região, interior de São Paulo, conta que os produtores têm investido em inseticidas para manter o transmissor longe dos pomares.

– Tem gente usando inseticida de 30 em 30 dias, e de 20 em 20 dias, para tentar combater o mosquito – diz Santo Ferreira de Melo, que também é citricultor.

Para ter o controle desse cenário, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo exige que os citricultores do Estado mandem relatórios semestrais sobre as atividades nos pomares. Inclusive com os números de plantas existentes e eliminadas.

– Quem omitir informações pode pagar multa – orienta Vicente Paulo Martello, diretor do Centro de Defesa Sanitária Vegetal.

O dia 15 de janeiro foi o último para entregar os relatórios do segundo semestre de 2014. O resultado mostra que o número de plantas erradicadas no período aumentou 4,5% em comparação com os primeiros seis meses do ano.

– O calor e a seca facilitam a proliferação do mosquito. Esse número não representa, necessariamente, aumento de casos no Estado – afirma Martello.

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