Segundo a meteorologia, poucas precipitações estão previstas para os próximos dias, que aliados as temperaturas mais elevadas, podem piorar ainda mais as condições das plantações
Os preços da soja na Bolsa de Chicago se baseiam na oferta do produto no mundo, clima nas regiões produtoras e relações econômicas entre os países. Atualmente, o que mais tem derrubado ou elevado as cotações é a guerra comercial entre China e Estados Unidos. Prova disso é que nem a piora nas condições das lavouras dos americanas conseguiu elevar os valores. Veja abaixo os fatores que afetam os preços.
Lavouras pioram
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta segunda, dia 20, dados sobre as condições das lavouras americanas de soja. Segundo a entidade, até 19 de agosto, 65% estavam entre boas e excelentes condições, 24% em situação regular e 11% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana passada, os números eram de 66%, 24% e 10%, respectivamente.
Segundo a Somar Meteorologia, a semana será de chuvas fracas e irregulares no cinturão agrícola americano. Algumas instabilidades até estão previstas, mas estão mais concentradas na área central do país, não chegando a área com maior produção agrícola, que só terá 10 milímetros acumulados até o dia 24. Quando avançamos no tempo até o dia 29, a previsão não muda e as chuvas seguem escassas e passageiras. Aliadas com as altas temperaturas podem piorar as condições das lavouras americanas de soja.
Abertura Nacional do Plantio da Soja – Safra 2018/2019
Chicago não reage
Apesar da leve piora nas condições das lavouras os preços da oleaginosa na Bolsa de Chicago fecharam praticamente estáveis, na última segunda, dia 21. Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de 0,25 centavos de dólar (0,02%), a US$ 8,81 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 8,93 por bushel, ganho de 0,50 centavo (0,05%) centavos de dólar em relação ao fechamento anterior.
Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com perda de US$ 1,90 (0,57%), sendo negociada a US$ 328,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 28,54 centavos de dólar, com alta de 0,31 centavo ou 1,09%.
Preços abrem a terça em queda
Depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que não espera muitos avanços das negociações comerciais com a China, em entrevista à agência de notícias Reuters, os preços da oleaginosa abriram a terça-feira em queda.
Acompanhe como está o preço da soja hoje!
Os contratos da soja em grão com entrega em setembro abriram o dia em queda operando durante a manhã a US$ 8,7 por bushel, queda de 0,36%. A posição para novembro teve cotação de US$ 8,89 por bushel, retração de 0,41% ante o fechamento do dia anterior.