O último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de terça-feira (15), mostra que 94% da soja cultivada no país atingiu o estágio de floração.
O índice está dois pontos percentuais à frente em relação ao ano passado e três pontos acima da média de cinco anos.
O documento mostra, também, que cerca de 59% da área de soja foi classificada como boa e excelente. Na semana passada, esse índice era de 54%.
Cerca de 78% das lavouras começaram a formar vagens, o que representa seis pontos percentuais a mais do que o registrado em mesma época de 2022.
“Essas condições de melhora se devem às chuvas que retornaram para a região. Contudo, a tendência para os próximos dias é de tempo mais firme nas áreas produtoras, ao menos até o final de agosto, o que deve desacelerar essa recuperação da oleaginosa nas lavouras semeadas tardiamente”, afirma o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller.
Entretanto, conforme ele, essa condição deve contribuir para a maturação do grão nas próximas semanas nas áreas cultivadas dentro da janela ideal.
Como o clima mexe com Chicago
Por conta da projeção de tempo mais firme e sem chuva nos Estados Unidos nos próximos dias, os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam esta quarta-feira com preços significativamente mais altos.
Assim, os contratos do grão com entrega em setembro de 2023 fecharam com alta de 11,50 centavos de dólar por bushel ou 0,86% a US$ 13,34 3/4 por bushel.
Já a posição novembro/23 teve cotação de US$ 13,23 1/2 por bushel, com ganho de 18,25 centavos ou 1,39%.
Nos subprodutos, a posição dezembro/23 do farelo fechou com alta de US$ 2,10 ou 0,55% a US$ 382,60 por tonelada.
No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 62,81 centavos de dólar, ganho de 0,93 centavo, ou 1,5% em relação ao fechamento anterior.