A produtora rural, Khristie Wilson, de Ohio, afirmava ainda na quinta passada, dia 22, que o clima não deveria atrapalhar a produção que foi feita sem atrasos no plantio, diferentemente do que aconteceu em outros Estados americanos.
– As culturas estão melhores do que nos últimos dois anos. Nós vamos ter mais bushels para vender, mas com preços menores – afirmou Khristie Wilson.
Já em Iowa, a história foi outra. No fim de semana, o produtor John Maxwell já apostava em preços mais altos puxados por perdas nas lavouras americanas. Segundo Maxwell, o governo dos Estados Unidos está projetando produções mais elevados do que terão.
– O governo acha que terá colheita grande, mas eu não concordo, não terá preços como o ano passado. Mas quando perceberem que não tem tanto milho, os preços vão melhorar. Já a soja, está sofrendo com o clima e a falta de chuva vai interferir nos preços. Vai ter menos soja do que o USDA projetou, de 8 a 10% menos apontou Maxwell.
O clima, que sempre foi importante, agora é ainda mais relevante. Os jornais locais americanos dão destaque para as altas temperaturas. As regiões que produzem grãos estão com cores vermelhas e alaranjadas, o que indica proximidade dos 40ºc. Ou seja, o calor vai continuar e será previso acompanhar de perto como as lavouras de soja e milho vão responder às altas temperaturas.
Kellen Severo viajou aos Estados Unidos a convite da John Deere.