O primeiro passo oficial para o fim da parceria deve ser dado na próxima terça, dia 6, às 8h30, em uma Assembleia Geral Extraordinária convocada pela CNAA. O confuso texto da convocação da assembleia não deixa claro se a negociação da LDC Bioenergia é com a BP, ou se a reunião abriria caminho para a francesa vender sua fatia para outra companhia.
O documento informa apenas que a assembleia autorizará diretores da companhia a celebrar “o contrato de compra e venda de ações e outras avenças, relativo à aquisição pela BP, ou por uma de suas afiliadas, da totalidade das ações de emissão da Cia. e de titularidade da LDC Bioenergia”.
Procuradas, BP e LDC Bioenergia mantiveram o silêncio.A BP, braço em combustíveis renováveis da petroleira, informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que não iria se manifestar sobre o assunto. Já LDC Bioenergia informou que não foi localizado um porta-voz para comentar o possível negócio.
Fontes do setor e ligadas às companhias consideram a saída da LDC Bioenergia como normal e parte da estratégia da empresa em se desfazer de ativos nos quais não é majoritária para fazer caixa e amortizar parte da dívida adquirida na operação de compra da Santelisa Vale, em 2009.
? A LDC ainda não conseguiu ter giro suficiente para pagar a dívida e decidiu vender operações periféricas como essa para fazer caixa e não precisar buscar dinheiro no mercado financeiro ? disse uma fonte.
Além da parceria na CNAA, a LDC Bioenergia é sócia da BP na Tropical Bioenergia, unidade sucroalcooleira em Goiás. Na usina, a LDC Bioenergia tem 25%, a BP 50% e a Brasil Ecodiesel os 25% restantes. Assim como na CNAA, a multinacional francesa também negocia a venda dessa participação na Tropical Bioenergia em uma negociação que inclusive estaria em fase mais adiantada, segundo fontes.