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LDC investe no sistema de troca de insumos para ampliar originação no Brasil

Empresa anunciou dois movimentos de expansão em pouco mais de uma semanaA Louis Dreyfus Commodities (LDC) quer alavancar a capacidade de originação de grãos e algodão no Brasil por meio do sistema de troca por insumos, sobretudo fertilizantes.

? O plano de cinco anos da companhia é duplicar os volumes de originação, e para isso precisamos estar muito mais perto dos produtores ? disse Adrian Isman, executivo-chefe de operações da Louis Dreyfus Commodities North Latam, que não divulga os números atuais.

A empresa anunciou dois movimentos de expansão na área de insumos agrícolas em pouco mais de uma semana, e definiu como objetivo dobrar sua participação no mercado brasileiro de fertilizantes. Com a aquisição da produtora e distribuidora de fertilizantes Macrofértil, a LDC, que já atua na comercialização do produto no Brasil desde 2008, passa também a agir na operação de ativos industriais no segmento. E com a parceria com a CCAB Agro na área de insumos químicos, a empresa passa a ser uma facilitadora no processo de aquisição pelos produtores.

? A Dreyfuss vem mudando há alguns anos seu perfil, o que nos obriga a alterar nossa participação no mercado de originação de cereais, oleaginosas e pluma. Entendemos que é muito mais eficiente fazer o financiamento das lavouras via insumos do que diretamente (com dinheiro) ? explicou Javier Britez, diretor de fertilizantes da LDC.

A área de fertilizantes no Brasil tem um destaque importante dentro da LDC, uma vez que representa cerca de dois terços da plataforma mundial, já considerando a aquisição da Macrofértil. Diferente dos Estados Unidos, maior consumidor mundial do insumo, o país utiliza o conceito de operações de barter, ou troca, daí o destaque, explicou Britez.

? Definitivamente, o Brasil é uma prioridade em termos de desenvolvimento da plataforma de fertilizantes ? frisou ele.

Nas contas da empresa, com a produção da Macrofértil em oito plantas industriais e presença nos Estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, a LDC atinge uma participação de 6% no mercado brasileiro de fertilizantes. O objetivo é chegar a algo entre 10% e 12% por meio da expansão para Maranhão, Piauí, Tocantins (região conhecida como Mapito), Rio Grande do Sul, Bahia e Minas Gerais, sendo que neste último Estado o foco seria em café.

O crescimento terá como prioridade maximizar o uso do ativo recém-adquirido, uma vez que a Macrofértil tem capacidade de produção de 1,8 milhão de toneladas por ano, mas hoje produz apenas 550 mil toneladas, de acordo com Britez. O objetivo é atingir a distribuição de 2,5 milhões de toneladas.

Defensivos

A área de defensivos agrícolas segue a mesma tendência de adotar cada vez mais a prática da troca, atualmente mais difundida no algodão, de acordo com Isman. O executivo explicou que a CCAB Agro tem a licença para produzir e importar os agroquímicos, e caberá à LCD oferecer a troca a seus produtores.

Atualmente, a CCAB possui 66 produtos agroquímicos em processo de registro, resultado da união de 16 cooperativas de agricultores que foram responsáveis pela produção de aproximadamente US$ 8 bilhões em commodities agrícolas no Brasil em 2010.

? O primeiro objetivo é estar mais perto dos produtores. No segundo momento a ideia é começar a entender do negócio de agroquímicos, porque ainda não temos o conhecimento ? explicou Isman.

Para isso, a LDC fez um aporte US$ 40 milhões na CCAB e entrou com uma debênture conversível, com a possibilidade de exercer participação no futuro.

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