? A área de produção nacional teria de ser reduzida dos atuais 232 milhões de hectares para 174,6 milhões de hectares ? ressaltou.
Assim, o crescimento da produção agrícola só tem sido possível com o avanço das áreas cultivadas sobre os limites definidos na legislação ambiental em vigor.
Condorelli afirmou que, seguindo-se a lei, deveriam existir nos estabelecimentos rurais, 87 milhões de hectares de reserva legal e 56 milhões de hectares de áreas de preservação permanente (APPs).
No entanto, ele informou que, de acordo com as declarações dos produtores rurais no último censo, o passivo ambiental (área protegida que foi desmatada irregularmente) é de 57,4 milhões de hectares.
? Se toda a área de produção nacional equivale à soma das regiões Sul, Sudeste e parte do Nordeste, para atender à lei teríamos de retirar dessa área o equivalente à região Sul ? declarou o representante da CNA.
Condorelli destacou a necessidade de se definir as fontes de recursos para financiar a recomposição de áreas desmatadas em desacordo com a legislação. Também comentou a importância de se apontar os beneficiários de um possível programa público de serviços ambientais. Determinar se seriam apenas os que respeitaram a lei e mantiveram as áreas de reserva legal e de APPs ou também aqueles que fizerem a recuperação das áreas protegidas.
O representante da CNA fez essas declarações em audiência pública no Senado na manhã desta quinta, dia 15. O encontro ocorre para debater instrumentos econômicos de incentivo à preservação ambiental, dentro do contexto da reforma do Código Florestal.