Lei dos Motoristas: Ministério dos Transportes mapeia locais para descanso de caminhoneiros

Em cerca de 60 mil quilômetros de rodovias federais, o ministério localizou 3.500 postos de combustíveis que podem servir de paradaO Ministério dos Transportes está mapeando os locais de parada para o descanso dos caminhoneiros em todas as rodovias federais. A ideia é selecionar até 400 pontos que possam atender à nova Lei dos Motoristas, que ainda tramita no Congresso. 

Os investimentos em infraestrutura devem sair da iniciativa privada. Em cerca de 60 mil quilômetros de rodovias federais, o ministério localizou 3.500 postos de combustíveis que podem servir de parada para os caminhoneiros. O objetivo é deixar uma distância de 250 a 300 quilômetros entre um posto e outro.
 
A pasta abriu espaço no site para que interessados em atender aos caminhoneiros e a entrar para a lista dos pontos de parada façam o cadastro. O governo deixou claro que não investirá recursos públicos em estrutura para descanso dos caminhoneiros, mas deve estimular o investimento da iniciativa privada nos locais estratégicos ao longo das rodovias federais.

– Pretendemos utilizar a iniciativa privada porque isso é um trabalho, uma prestação de serviço de característica privada. Entendemos que existe o interesse manifesto do setor empresarial e não vamos encontrar dificuldade nenhuma de ter a colocação apropriada do setor privado nesse sistema – afirma o assessor especial do Ministério dos Transportes, José Eduardo Albanese.

De acordo com ele, o projeto terá como base o número de pontos de parada que podem ter mais de um posto de combustível e ainda atrair novos investimentos.

– Cada ponto poderá ter um, dois ou três postos de combustíveis. Isso está sendo trabalhado de maneira intensa e, daqui uns 30 ou 40 dias, devemos ter uma definição clara desta situação – acrescenta Albanese.

O presidente da União Nacional dos Caminhoneiros, Jose Araújo da Silva, está confiante que os postos de combustíveis investirão em estrutura para os caminhoneiros, mas que o governo federal terá que liberar recursos através de linhas especiais de crédito.