A média foi de US$ 8,36 por libra peso, o que equivale a US$ 1.105,82 a saca de 60 quilos, representando alta de 355% em relação ao fechamento de quarta-feira os contratos futuros de café na Bolsa de Nova York (US$ 1,8360 por libra peso no contrato maio, o mais negociado). No mercado interno, a saca de café, tipo exportação, está cotada em cerca de R$ 400,00.
De acordo com comunicado da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, sigla em inglês), realizadora do evento, pela primeira vez em todos os concursos mundiais, uma empresa da China adquiriu um dos cafés vencedores. A empresa chinesa Mocoway Enterprise Management International ofereceu o maior lance de US$ 19,10 por libra peso, equivalente a US$ 2.526,55 (R$ 4.565,48) para cada uma das 18 sacas do Sítio Colinas, de Carmo de Minas (MG), região da Serra da Mantiqueira. O lote rendeu um total de US$ 45.476,91 (cerca de R$ 82,2 mil) ao produtor Luiz Flávio Pereira de Castro, primeiro colocado do concurso.
A diretora-executiva da BSCA, Vanusia Nogueira, informou que o aval para a compra do lote vencedor do concurso foi dado por um barista campeão naquele país, o qual vem ‘garimpando’ cafés de boa qualidade em todo o planeta. Segundo ela, pode ser um sinal da abertura do mercado chinês para os cafés brasileiros.
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Conforme o presidente da BSCA, Luiz Paulo Dias Pereira Filho, o concurso destinado exclusivamente aos cafés naturais foi criado este ano. Os grãos colhidos e secos com casca respondem por cerca de 85% da produção no Brasil.
O segundo melhor lance do pregão foi dado para os grãos produzidos pela vice-campeã do concurso, Ana Cristina Junqueira Vilela, proprietária do Sítio Vista Alegre, em Dom Viçoso, Sul de Minas Gerais. Seu lote, de 17 sacas, foi arrematado pelas empresas Maruyama Coffee e Mikatajuku Group, do Japão, em conjunto com a Orsir Coffee, de Taiwan, que pagaram US$ 2.222,25 por saca, rendendo um total de US$ 37.778,33. O resultado completo do leilão pode ser acessado no site da BSCA.
