Na última quarta, 19 de janeiro, o leilão de venda direta do milho dos estoques governamentais comercializou quase 84%. Esse percentual equivale a 244 mil toneladas, de um total de 289 mil, armazenadas no Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
? O resultado da operação reflete a necessidade do mercado pelo grão para complementar o abastecimento nesse final de período de entressafra ? informa Silvio Farnese, coordenador-geral de Cereais e Culturas Anuais do Ministério da Agricultura.
O volume anteriormente anunciado era de 295 mil toneladas. No entanto, a Companhia Nacional de Abastecimento não comercializou um dos lotes em leilão realizado na quarta. O preço médio de abertura foi de R$ 23,22/saca de 60 kg e fechamento de R$ 24,15. O ágio médio ficou em 4% e em alguns lotes do leilão em Mato Grosso subiu para 26%, fechando em R$ 20,71/saca de 60 kg.
Farnese lembra que, de novembro do ano passado até hoje, o governo colocou no mercado 1,2 milhão de toneladas do grão para complementar o abastecimento do insumo utilizado na alimentação animal. Outro leilão de venda direta de milho está programado para o dia 26 de janeiro com oferta de 354,3 mil toneladas, conforme avisos divulgados pela Conab.
Trigo
No leilão desta quinta, dentro do programa de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP), das 390 mil toneladas de trigo leiloadas, 306 mil toneladas foram negociadas, o que representa cerca de 80% do volume, envolvendo R$ 9,5 milhões. O produto, armazenado no Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, será direcionado ao consumo das regiões Norte e Nordeste, que tradicionalmente importam trigo. Com o leilão realizado nesta quinta, o governo apoiou a comercialização de 1,8 milhão de toneladas de trigo, produzidos durante a safra 2009/2010.