Em Minas Gerais, foram arrematados os 7 mil contratos ofertados (700 mil sacas) e em São Paulo, todos os 1,4 mil (140 mil sacas). Na Bahia, foram arrematados 65 contratos (6,5 mil sacas), que correspondem a 16,25% dos 400 ofertados.
No Espírito Santo, a demanda foi por apenas 20 contratos (2 mil sacas) dos 700 ofertados. No Paraná, foram arrematados 80 contratos (8 mil sacas) dos 500 ofertados. O preço de referência para entrega do café da variedade arábica é de R$ 343 a saca e o exercício da opção está previsto para março do próximo ano.
– É um seguro de preço que o governo federal oferece aos produtores para que eles vendam o produto mais na frente por um preço previamente determinado – diz o gerente de operações de mercados físicos da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), Cesar Henrique Bernardes Costa.
Para receber R$ 343,00 pela saca de café arábica, o produtor paga o prêmio de R$ 1,71. Se até março de 2014, o valor de mercado da saca for menor do que o preço que o governo garantiu para o leilão, o produtor entrega a saca à Conab e recebe o que ficou acertado no contrato de opção. Se o preço subir, o cafeicultor pode não entregar a mercadoria à Conab, perdendo o valor que havia pago pelo prêmio, mas recebendo a mais pelo café no mercado.
– Para participar do leilão, você tem que estar em ordem no Sicaf [Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedo], tem que mandar demonstrativo de lavoura, autorização de corretagem, tudo isso antes do leilão. Como o edital do leilão saiu sexta passada, os produtores tiveram quatro dias úteis para apresentarem a documentação na bolsa – explica o corretor do Novo Mundo Corretora de Mercadorias, Roberto Trussardi de Almeida Prado.
– O produtor que quiser participar tem que entrar em contato com uma corretora de mercadorias vinculada à bolsa, preparar a documentação de credenciamento e dar sua ordem. Lembrando que cada produtor está limitado a adquirir cinco contratos de cem sacas cada por todos os três leilões – diz o gerente de operações de mercados físicos da BBM.
O leilão serve pra garantir renda ao cafeicultor devido a queda dos preços do café. A medida foi muito reivindicada pelo setor.
– Até acredito que saiu um pouco atrasado. Os produtores estavam esperando há muito tempo para ter a retirada de opções do governo – opina Almeida Prado.
Os próximos leilões ocorrem em 20 e 27 de setembro, finalizando um total de R$ 5,8 bilhões ofertados pelo governo.
• Veja a Portaria Interministerial 842 com os parâmetros para o lançamento dos contratos