– O primeiro passo é rever a nossa análise de orçamento, ver o que pode ter ocorrido de errado e reiniciar o processo. Ao mesmo tempo tem que retomar o diálogo com as empresas do setor porque o erro também pode estar do lado de lá – afirmou o secretário de Infraestrutura Portuária, Tiago Correa, em Brasília.
A dragagem garante o aprofundamento dos canais de acesso aos portos e é fundamental para que embarcações de grande porte, com capacidade para receber um volume maior de carga, possam atracar no Porto de Santos.
Com obras de dragagem, a profundidade do canal de acesso a Santos já chegou a quase 15 metros, comportando navios de calado acima de 13 metros, que transportam até 60 mil toneladas de grãos, por exemplo. Devido ao assoreamento, o trabalho precisa se manter constante.
No final do ano passado, porém, as obras de dragagem do Porto de Santos foram suspensas. Desde então, a profundidade no berço de atracação, próximo ao cais, já reduziu um metro.
– Cada 10 centímetros de calado correspondem a mil toneladas que podem ser transportadas, ou seja, cada metro de calado poderia transportar cerca de 10 mil toneladas a mais – demonstrou o diretor de Praticagem de Santos, Souza Filho.
Segundo o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Renato Barco, ocorreram problemas de fornecimento do serviço, devido ao encerramento de um contrato, em dezembro.
– Nós permanecemos 8 meses sem fazer qualquer tipo de dragagem – disse Barco.
O governo afirmou que um novo processo de licitação deve ser iniciado em breve.