Ao término do encontro, Borges evitou falar em motivos para a desistência do setor privado da disputa da BR-262, mas afirmou que alguns empresários chegaram a comentar que não conseguiram fazer estudos aprofundados sobre o trecho, por estarem concentrados no trecho da BR-050, que teve oito consórcios interessados.
– O setor se debruçou na BR-050 e pode ter faltado tempo para analisar devidamente as condições da BR-262. Se for o caso, podemos abrir um novo prazo para apresentação de propostas – disse Borges, frisando, no entanto, que o governo ainda não tem decisão sobre o futuro da BR-262.
Borges defendeu a modelagem da concessão dessas rodovias e afirmou que os cálculos de pedágio, investimento necessário, demanda projetada e taxa de retorno dos investidores foram feitos adequadamente, mas ressaltou que tudo que for considerado e comprovado como uma dificuldade à licitação dessa rodovia “será removido”.
Mesmo com a separação dos trechos rodoviários em leilões independentes, Borges acredita que o governo conseguirá concluir essas licitações até o fim do ano, porque o prazo entre um leilão e outro poderá ser menor.
– No máximo, a disputa pela BR-116 pode ficar para o começo de 2014, mas vamos trabalhar para concluir tudo até dezembro – disse o ministro.
No cronograma do governo, após a BR-050, a próxima licitação envolve o trecho baiano da BR-101, com leilão previsto para 23 de outubro.